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ARTIGO: ASPECTOS CENTRAIS DO JORNAL DIÁRIO DO POVO
O Jornal Diário do Povo foi fundado pelo atual empresário do ramo de brinquedos Aerton Fernandes, no dia 27 de setembro de 1987. Atualmente pertence ao grupo R. Damásio, que o comprou com aproximadamente 3 anos de existência.
O Jornal em questão é o menor dos três grandes jornais em circulação no Estado. Um tema bastante abordado pelo jornal é a política, onde se observa predomínio constante de matérias exaltando feitos políticos da Prefeitura Municipal e em contrapartida matérias que “alertam” a população para os problemas do interior do Estado.
Na edição número 8.280 veiculada no dia 29 de junho de 2009, segunda-feira, é possível observar na capa as seguintes manchetes “Futebol: Brasil vence de virada e é campeão na África”, “Distribuição de cestas em Cocal segue critério político”, “ Missa não teve participação de autoridades”, “Álcool provoca 40% de acidentes”, “ País registra primeira morte de gripe suína”, “Descontados dias atrasados de grevistas”, “Ex-detento preso em acerto de contas”, “Câmelos – Tudo pronto para a inauguração do Shopping da Cidade”, “Antropologia: Congresso de arte rupestre começa hoje”.
Na matéria “Distribuição de cestas em Cocal segue critério político” existe clara crítica ao governo do Estado. Logo na primeira frase da matéria “O critério de distribuição das cestas de alimentos do Governo para as centenas de famílias desabrigadas pelo rompimento da barragem de Algodões I no município de Cocal da Estação, é político” fica evidente que o conteúdo do texto é de denúncia contra o governo de Wellington Dias.
Em “Autoridades não comparecem à missa” que fala sobre a ausência de políticos ligados ao Governo na missa de 30 dias da tragédia no município de Cocal, onde houve o rompimento da Barragem Algodões I. A matéria tem início com a frase “Exatos 30 dias após o rompimento da barragem de Algodões I as autoridades, principalmente as estaduais, consideradas as principais responsáveis pela tragédia, abandonaram o município de Cocal”.
A matéria intitulada “Descontados dias atrasados de grevistas” usa termos como “atitudes ditatoriais e arbitrárias” para classificar a posição tomada pelo Governo do Piauí em relação aos salários dos agentes penitenciários que ficaram em greve durante 11 dias. O repórter só utilizou o testemunho de Jacinto Teles, presidente do SINPOLJUSPI (Sindicato dos Policiais Civis, Penitenciários e Servidores da Secretaria de Justiça do Estado do Piauí), categoria prejudicada com o desconto salarial, mas não procurou ninguém do Governo para comentar o assunto.
“Câmelos – Tudo pronto para a inauguração do Shopping da Cidade” é o título da matéria que ressalta a importância do Shopping da Cidade para a população de Teresina e para os trabalhadores informais, o que se confirma nos trechos “O novo espaço comercial foi criado pela Prefeitura de Teresina para abrigar os vendedores ambulantes que ocupavam o centro da capital. O empreendimento irá garantir oportunidade de trabalho para 1.915 ambulantes e outras centenas de empregos diretos e indiretos” e “A segurança e o conforto para vendedores e clientes são os grandes diferenciais do Shopping da Cidade”.
Já no aspecto estético pode-se dizer que o layout do jornal demonstra uma certa preocupação do editor com o planejamento gráfico no tocante ao número de caracteres nos títulos, linhas finas e legendas. Já a fotografia não é muito valorizada, existem poucas fotos e quando elas sã utilizadas ocupam pequeno espaço. O jornal possui grande quantidade de colunas e em alguns textos são encontrados erros de digitação.
O lead que muitas vezes é criticado por estudiosos, no Diário do Povo praticamente desaparece. As seis perguntas clássicas do jornalismo (o que, quem, quando, onde, como e por que) não possuem muita importância.
No jornal analisado ainda é possível perceber que os textos são construídos baseados na fala dos entrevistados, estes são presenças marcantes na maior parte das matérias.
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